Pedro Siza Vieira afirma que o Turismo vai ser particularmente apoiado

por: Zita Ferreira Braga

Ministro da Economia afirmou que o turismo “vai ser particularmente apoiado” com linhas de crédito específicas e ferramentas de capital

O ministro da Economia afirmou esta terça-feira que o turismo “vai ter uma retoma mais lenta” relativamente aos outros sectores da economia, deste modo irá ser “vai ser particularmente apoiado” com linhas de crédito específicas e ferramentas de capital.


O sector do turismo vai ser particularmente apoiado neste contexto. Temos linhas de crédito especificamente dirigidas a este sector e ferramentas de capital para estas empresas a que não deixaremos de recorrer”, afirmou claramente Pedro Siza Vieira durante uma audição, esta manhã, na Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, quando se discutiam as consequências económicas da pandemia de Covid-19.

Antecipando que “o turismo vai ter, seguramente, uma retoma mais lenta do que outros sectores”, estando “durante um período mais longo de tempo a trabalhar abaixo da capacidade instalada”, o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital afirmou a situação pode não implicar que serão precisos “apoios reforçados”, quer ao lado da oferta, quer da procura.

Este panorama pode significar que

    “além daquelas medidas de caráter transversal, como o sucedâneo ao regime de ‘lay-off’, a prorrogação das moratórias bancárias e um conjunto de apoios do ponto de vista fiscal que estamos a pensar para o conjunto das empresas e que o sector do turismo, pelas suas caraterísticas específicas, vai beneficiar mais, precisamos de dirigir mais apoios a este sector do que a outros”, admitiu.

Assim, disse, o Governo irá “reforçar as linhas de crédito especificamente dirigidas para o sector do turismo”, assim como “a linha de apoio à qualificação da oferta, dirigindo-a agora não apenas para a qualificação do ponto de vista da economia circular e da eficiência energética e do ambiente, mas também para os apoios à adaptação no contexto do reforço das medidas de sanidade que as empresas têm de fazer para acolher hospedes”.

Na previsão de apoio estãotambém previstos alguns “reforçando, provavelmente, as linhas Capitalizar e Revive para o setor do turismo”, acrescentou.

Por outro aldo o Ministro da Economia afirmou ainda que “ E se vamos trabalhar no sentido de um fundo de capitalização para a economia em geral, vamos trabalhar também em capital e quase capital e reforço das operações de ‘sale and leaseback’ para as empresas do setor do turismo”.

Mesmo assim, Pedro Siza Vieira disse estar “menos pessimista do que há um mês”: “É possível que vejamos uma redução da procura turística não tão significativa como no início de Abril estávamos todos a figurar”, antecipou, não esquecendo destacar “a importância do movimento de retoma das ligações aéreas dentro da Europa”.

Para o ministro, actualmente pode projectar-se “que o turismo em Portugal neste verão não vai ser só turismo interno, mas vai também haver procura por parte dos mercados europeus”.

    Portugal está no radar dos turistas europeus, pelas condições de resistência e pela robustez do ponto de vista sanitária que o seu turismo tem. Estamos a capitalizar, também, a imagem positiva com que o país ficou do ponto de vista das medidas sanitárias tomadas nesta pandemia, com uma grande campanha de promoção internacional assente no facto de que estivemos sempre ‘open for business’ (em actividade), somos um destino seguro e estamos prontos para receber os turistas”, salientou.


Paralelamente, o ministro da Economia disse estarem em curso negociações “Estado a Estado para estabelecimento de corredores aéreos”, encontrando-se Portugal em “discussões já muito adiantadas no plano da União Europeia e em algumas reuniões bilaterais, a mais adiantada das quais com a Alemanha”. Já em curso estão também negociações com o Reino Unido.

Embora admitindo que, numa fase posterior, terá de se “pensar mais estruturalmente num plano de recuperação do turismo”, Pedro Siza Vieira considerou que a prioridade atual é “conquistar o mais possível o pouco turismo que vai haver e reforçar a quota de mercado” de Portugal.


“Estou absolutamente convencido, e julgo que a indústria também pensa isso, que Portugal vai recuperar uma posição de notoriedade e, eventualmente, até sair reforçado como destino turístico”, referiu, admitindo, ainda assim, que 2020 vai ser “um ano difícil”, em que – tal como provavelmente em 2021 - se ficará longe dos 27 milhões de visitantes estrangeiros de 2019.

Siza Vieira admite aumento do número de insolvências nos próximos tempos

O ministro da Economia admitiu esta terça-feira que “o ritmo de insolvências vai aumentar” devido à crise pandémica, salientando que o plano de estabilização económica e social a lançar pelo Governo visa “estimular a economia” para travar novos encerramentos.

“Temos que estar todos preparados para um crescimento do número de insolvências nos próximos tempos”, afirmou Pedro Siza Vieira durante uma audição, esta manhã, na Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação sobre as consequências económicas da pandemia de covid-19.


Apesar do ritmo de crescimento do desemprego ter abrandado em maio, sendo as perspetivas “menos más do que o figurado há um mês”, o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital admitiu que as empresas que já se encontravam em dificuldades antes da pandemia, e que, por não cumprirem os requisitos exigidos, ficaram à margem dos apoios disponibilizados, “possam chegar a uma situação de insolvência”.

    Tenho a convicção de que o ritmo de insolvências vai aumentar, é normal. Temos que estar preparados para amparar as situações sociais que resultam dessas insolvências e estimular a economia para evitar que mais empresas se coloquem nessa situação, dando-lhes capacidade para aliviar o esforço e responder a um mercado ainda bastante incerto”, afirmou Siza Vieira.

Segundo o ministro, as perspectivas iniciais do Governo quanto ao recurso ao ‘lay-off e à queda do produto interno bruto e do emprego apontavam para uma “abrangência maior” do que a que acabou por se registar.

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