TUI vai despedir quase oito mil trabalhadores

por: Zita Ferreira Braga

TUI, uma empresa de turismo de referência mundial, na sequência da crise causada pela covid19, vai despedir cerca de oito mil trabalhadores.


Devido ao impacto económico da pandemia de COVID-19, a empresa de turismo mundial Tui anunciou esta quarta feira, 13 de Maio, que irá suprimir oito mil postos de trabalho, ou seja uma redução de 15% dos seus mais de 53 000 funcionários em todo o mundo.


O operador turístico alemão TUI - Travel Union Internacional - o maior no mundo neste sector, regista fortes prejuízos, nos lucros e no seu volume de negócios desde meados de Março, com a paralisação quase total das suas actividades, desde o início da crise sanitária, provocada pela pandemia da COVID-19.


O seu presidente Fritz Joussen afirma que o grupo “perde 250 milhões de euros por mês desde a proibição dos voos” e que quanto mais tempo esta durar “mais os clientes vão exigir o reembolso o que fará aumentar as perdas”.

No primeiro semestre do seu exercício fiscal, entre 01 de Outubro de 2019 e 31 de Março de 2020 a companhia perdeu 892,2 milhões de euros, ou seja 160% mais do que no ano anterior.

A queda do volume de negócios registada entre Janeiro e Março deste ano é de 10% devido à proibição de viagens em todo o mundo, provocada pela pandemia gerada pelo coronavírus.

Este operador turístico calcula que no segundo trimestre deste ano as perdas se cifrem em 763,6 milhões de euros, o equivalente a 274% mais do que em igual período de 2019, isto depois do mês de Janeiro, ter sido o melhor da história da companhia em termos de reservas.

O grupo TUI que tem os seus próprios aviões e hotéis, pensa reduzir em cerca de 30% os seus gastos, “o que implica entre outros o despedimento de cerca de 8.000 trabalhadores em todo o mundo”.
No entanto espera poder recomeçar os voos na Alemanha e Europa nos próximos dias.

O TUI conseguiu desbloquear em Abril um empréstimo de emergência, garantido pelo banco estatal alemão KfW, no valor de cerca de 1,8 mil milhões de euros, que “devem ser pagos num período muito curto de tempo”, como pode ler-se no comunicado oficial da empresa.

Queremos reduzir permanentemente os nossos encargos administrativos em 30% em todo o grupo” com “consequências em cerca de 8.000 empregos” que “não vamos ocupar ou eliminar” e que corresponde a cerca de 10% da sua força de trabalho, indica o comunicado da TUI, que tem 53.525 mil funcionários em todo o mundo. segundo dados da empresa a 31 de Março.

Apesar disso e numa nota optimista o presidente da TUI, Fritz Joussen, afirma que "as pessoas querem viajar” e “a Europa está gradualmente a reabrir-se e inventaremos as férias de 2020 de novo”, mas prudente, não avançou prognósticos de resultados para o resto de 2020.


O TUI é uma multinacional com sede em Hanover, na Alemanha, tem mais de 50 anos de experiência, voava até Março para 180.115 destinos, através de 65 companhias aéreas, entre as quais em França a Corsair Internacional e em 2002 comprou a empresa de viagens Nouvelles Frontières.

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