Associação Empresarial Ourém-Fátima apela a "um alívio fiscal"

por: António Manuel Teixeira

A Aciso - Associação Empresarial Ourém-Fátima apelou hoje a um alívio fiscal para o turismo religioso do concelho, que está muito dependente das celebrações e peregrinações religiosas e da visita de grupos organizados.

Em declaração à Lusa a presidente da Aciso, afirmou que "este é um destino religioso. Fátima depende muito das celebrações religiosas e, estando suspensas, têm um efeito em cadeia. Mais de 70% dos turistas são do mercado internacional e as companhias aéreas estão paradas. Este mercado vive das viagens de grupo organizadas, que agora estão desaconselhadas" .

Purificação Reis salientou que as unidades hoteleiras "trabalham muito com grupos" e, por isso, estão a "ser muito afectadas".

A dirigente afirmou ainda que "está-se numa situação contínua do estado de emergência. A quase totalidade dos hotéis está fechada. A grande maioria do comércio está encerrado, porque não justifica estarem abertos. Não há movimento. Por tudo isto, Fátima está a ser mais afectada por esta pandemia". E fez um apelo a "um alívio fiscal" e a uma "maior flexibilidade no regime de 'lay off'".

A responsável explicou, que de acordo com as necessidades do momento, "há uma grande preocupação e é fundamental uma ajuda ao sector empresarial desta actividade. Por exemplo, o pagamento especial por conta não faz sentido ser cobrado. Este é um sector que funciona muito do mercado sazonal e, neste contexto, Fátima precisa de medidas que permitam a entrada e saída de funcionários do 'lay off'".

Segundo Purificação Reis, as "celebrações atraem muita gente", mas "depois prolonga-se, por mais dois ou três meses, o estado de ausência do volume de turistas".

Uma vez que não existem condições para os turistas estrangeiros visitarem Fátima, a presidente espera que quando as celebrações religiosas regressarem ao Santuário, que "o mercado interno mexa um pouco com a economia e se comece a notar algum movimento e actividade".

A responsável revelou ainda que a Associação está a trabalhar em conjunto com várias entidades para encontrar soluções para os empresários da região. Irá ainda reunir com a autarquia de Ourém, nos próximos dias, para perceber "de que forma também poderá apoiar o tecido empresarial de Fátima".

O Santuário de Fátima vai este ano celebrar a Peregrinação Internacional Aniversária de maio no recinto de oração, como nos outros anos, mas sem a multidão de peregrinos que o costuma encher.

As autoridades policiais estarão a fiscalizar e impedir o acesso à cidade, uma vez que o Reitor do santuário anunciou que não se realizariam celebrações no recinto, e por este estar encerrado devido às regras sanitárias definidas pelo Governo no contexto da declaração do Estado de Calamidade pública, em articulação com a Conferência Episcopal Portuguesa.

Entre a tarde do dia 12 e o fim da manhã do dia 13 não será permitido o acesso dos peregrinos a qualquer espaço do santuário.

O reitor do Santuário de Fátima, Carlos Cabecinhas, pediu aos peregrinos que não se desloquem ao recinto nos dias 12 e 13 e que façam a peregrinação "pelo coração".

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