Proibido entrar, e sair, da Área Metropolitana de Lisboa

por: António Manuel Teixeira

A ministra da Presidência, afirmou esta quinta-feira que o país está numa "situação preocupante", com a incidência de novos casos de covid-19 e o risco de transmissibilidade a aumentarem.

O Governo decidiu proibir a entrada e saída da Área Metropolitana de Lisboa ao fim-de-semana, informou Mariana Vieira da Silva no final do Conselho de Ministros, com o objectivo de travar o aumento de contágios.

A incidência situa-se nos de 90,5 casos por 100 mil habitantes e o Rt (grau de transmissibilidade de infecção) para Portugal continental está nos 1,13, precisou ministra.

A medida entra em vigor às 15:00 de sexta-feira e aplica-se à área metropolitana como um todo e não entre concelhos e a ministra garante que tem enquadramento legal.

O objectivo, concretizou, é "diminuir a circulação para fora da Área Metropolitana", embora "não estava prevista, é uma medida nova dada a desigualdade territorial que neste momento a pandemia apresenta", disse Mariana Vieira da Silva. 

Os concelhos de Albufeira, Arruda dos Vinhos, Braga, Cascais, Lisboa, Loulé, Odemira, Sertã e Sintra "ficam com regras próximas das que tínhamos antes desta nova fase de desconfinamento como o encerramento de restaurantes até 22:30 ou público em natividades desportivas", adiantou

A governante afirmou que "é difícil esta tomada de medidas, mas elas parecem-nos fundamentais para não fazer alastrar ao resto do país a situação que se vive em Lisboa".

A ministra afirmou que "não é uma medida de controlo da pandemia em Lisboa, mas uma tentativa de não deixar alastrar para o resto do país o que estamos a viver em Lisboa", frisando que a "transmissão entre os concelhos da Área Metropolitana de Lisboa já está alta", motivo pelo qual foi descartado a proibição da circulação entre os próprios concelhos da Área Metropolitana. 

Mariana Vieira da Silva afirmou ainda que “estamos hoje claramente numa situação já bastante longe da zona verde e, portanto, o país está numa situação mais preocupante do que estava há uma semana, como um todo, com as desigualdades territoriais que conhecem”.

Mas a medida, como as que foram tomadas durante o Estado de Emergência tem excepções, "nomeadamente laborais, mas a medida reduzirá as movimentações e os contactos", explicou. As proibições são, apenas, para as saídas ao fim-de-semana,salientando que "não é uma cerca sanitária, mas uma restrição ao fim de semana, para diminuir movimentos". Outra excepção são as viagens internacionais.

Mariana Vieira da Silva avisou que "a pandemia ainda não acabou e mesmo quem tem já uma dose da vacina pode ainda não estar protegido". 

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